A crise estrutural do capital e a dimensão destrutiva que assumiu a partir dos anos 1970 engendrou a ampliação do cardápio de estratégias de atuação da classe trabalhadora, permitindo a transposição definitiva o muro físico e simbólico que a distanciava dos meios de produção e das instalações fabris. Desde então, milhares de trabalhadores tomaram em suas mãos a organização do processo de produção, de forma coletiva e autogestionária, tendo que enfrentar o Estado e o Mercado, pilares de sustentação e reprodução das relações sociais capitalistas. O presente livro de Andrés Ruggeri resulta de anos de pesquisa e acompanhamento das Empresas Recuperadas na Argentina, e representa uma contribuição fundamental para entendermos a amplitude e profundidade das centenas de experiências que lá se desenvolvem, bem como os inúmeros obstáculos que se erguem ao desenvolvimento das empresas recuperadas pelos trabalhadores no interior desse modo de produção. (Maurício Sarda de Faria - UFRPE)
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Sumário:
Prefácio - Henrique Tahan Novaes
Prefácio do autor para a edição brasileira - Andrés Ruggeri
Introdução - as Empresas Recuperadas, dezessete anos depois de 2001
1 - Uma primeira aproximação das Empresas recuperadas por seus Trabalhadores
2 - Dimensionando o movimento
3 - O contexto neoliberal e as empresas recuperadas
4 - Autogestão e cooperativismo
5 - Autogestão e economia social ou solidária
6 - Autogestão e movimento operário
7 - Ocupar e resistir
8 - A economia da empresa recuperada
9 - Mercado, exploração e auto-exploração, igualdade - os labirintos da autogestão no capitalismo
10 - O papel da tecnologia e a inovação social
11 - A política
Considerações Finais
Referências
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Ano de lançamento: 2018
210 páginas
Tamanho: 14,8cm x 21cm
ISBN: 978-85-53104-11-2