O período pós-segunda guerra mundial ampliou o horizonte das lutas dos trabalhadores no sentido da autonomia e da autogestão da produção e da vida social. Esse novo patamar viu a generalização das greves selvagens, com a ocupação ativa das instalações, experiências alargadas de controle e gestão pelos próprios trabalhadores das unidades produtivas e tentativas de generalização da autogestão no plano nacional. Nas pegadas do Maio de 1968, da Primavera de Praga e da Revolução dos Cravos, o movimento pela autogestão na Polônia no início dos anos 1980 lançou o Projeto da República Autogestionária enquanto possibilidade efetiva de levar a cabo a emancipação dos trabalhadores pelos próprios trabalhadores. A obra de Claudio Nascimento recupera a trajetória das lutas dos trabalhadores poloneses pela autogestão e apresenta uma reflexão instigante a partir da obra da polonesa Rosa Luxemburgo. No atual momento da sociedade brasileira, retomar o fio da meada da autogestão e a viva experiência do Sindicato Solidariedade da Polônia é fundamental para entendermos o presente e os imensos desafios que nos separam do fim da alienação no trabalho e na vida social.
MAURÍCIO SARDÁ DE FARIA | UFRPE
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Sumário
Apresentação
Nota do Autor
Introdução – Movimento pela autogestão na Polônia
Parte I
A classe operária
Parte II
Conselhos operários e autogestão
Parte III
A alternativa autogestionária de Solidarnosc
Parte IV
Rosa Luxemburgo e o Solidarnosc
Bibliografia
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Ano de lançamento: 2021
151 páginas
Tamanho: 14,8x21 cm
ISBN: 978-85-53104-01-12