A ética na Grande Estética de Lukács: a arte como unanimidade anônima compõe a trilogia que objetiva, “contemplar a síntese da Grande Estética de Lukács”.
Deribaldo Santos, pressupondo o caráter próprio do marxismo clássico, reafirma que a grandeza do método marxiano reside na condição de ser o único capaz de revelar que o trabalho funda o ser social, mas este não se encerra nele – no trabalho ‒, porquanto a realização humana, no processo criativo de atendimento das carências imediatas da vida cotidiana, faz surgir novas necessidades e possibilidades que se desdobram em novos complexos sociais ou, para usar o termo lukacsiano na Estética, novas formas superiores de objetivações – arte, ciência, ética etc., imprescindíveis à elevação do indivíduo a patamares superiores do gênero humano. Gorete Amorim
SUMÁRIO
PREFÁCIO
O LIVRO E SEUS FUNDAMENTOS
Apresentação: o que esperar deste livro?
PRIMEIRA PARTE: CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
- Trabalho como princípio da humanidade
- Reflexo, reprodução social e estética: preâmbulo para o debate
- A arte como registro da autoconsciência humana
- Categorias nodais: breve recuperação
SEGUNDA PARTE: UNANIMIDADE ANÔNIMA
CAPÍTULO I ENTRE O AGRADÁVEL E O PSEUDOESTÉTICO: UMA DIALÉTICA DO CAMPO ARTÍSTICO
- Introdução
1.2. Entre o agradável e o útil: em busca da base do estético
1.3. Superação da singularidade privada: a comprovação do estético
1.4. Algumas palavras a mais
CAPÍTULO II A ÉTICA NA ESTÉTICA DE LUKÁCS: NOTAS ACERCA DA FORMOSURA E DA BONDADE
- A problemática e algumas advertências metodológicas: uma introdução
2.1. Pressupostos necessários: a catarse como ponto de culminância
do estético
2.2. Entre a ética e a estética: a forma para um conteúdo determinado.
2.3 Beleza e erotismo sexual: distinções necessárias entre o agradável
e o estético
2.4. Considerações inevitáveis
CAPÍTULO III BELEZA NATURAL E AFASTAMENTO DA NA[1]TUREZA: APROFUNDANDO A RELAÇÃO ENTRE ÉTICA E ESTÉTICA
3 O trabalho e o afastamento do ser social das barreiras naturais: uma introdução
3.1 Sujeito humano e vivência natural: imersão e distanciamento
3.2. Vivência humano-natural: a natureza vista por cima
3.3 As objetivações superiores como uma justa mediana: uma síntese
CAPÍTULO IV A INDEPENDENTIZAÇÃO DO ESTÉTICO: A LUTA ENTRE A ARTE E A RELIGIÃO
- Introdução
4.1. Misticismo, mito e cristianismo: o fio condutor da independentização da arte
4.2 A arte como complexo independente: cismundanidade versus transcendência
4.3. Notas sintéticas
CAPÍTULO V ALEGORIA E SÍMBOLO: A IMANÊNCIA CIS[1]MUNDANA REFLETIDA ARTISTICAMENTE
- Introdução
5.2 O início do debate: Goethe como parâmetro
5.3. A alegoria e sua contradição
5.4 A alegoria e o barroco: alguns achados de Walter Benjamin
5.5. Um divertimento melancólico: os novos ingredientes da ‘vanguarda’ artística
CAPÍTULO VI ARTE MODERNA: O REGISTRO DE UMA UNANIMIDADE ANÔNIMA
- Introdução
6.1. Necessidade religiosa e destino humano: a procura de um sentido para vida
6.2. Aproximações entre o neopositivismo e a necessidade religiosa: da farsa à tragédia
CAPÍTULO VII ARTE E MUNDO PEDESTRE: UMA DIALÉTICA INEXTRICÁVEL
- Introdução
7.1. Produção da vida e mundo concreto: a base da discussão
7.2. A cismundanidade como princípio artístico fundamental
7.3. Uma síntese conclusiva
TERCEIRA PARTE: MIMESE DUPLICADA
CAPÍTULO VIII A MÚSICA CHEGA PRIMEIRO: A DUPLA MIMESE MUSICAL
- A duplicação mimética na música: uma introdução
8.1. A mimese das emoções: uma objetividade radicalmente indeterminada
8.2. Algumas considerações
CAPÍTULO IX A DUPLA MIMESE ARQUITETÔNICA: O ESPAÇO MUNDANO SOB ORDENAMENTO HUMANO
- Introdução
9.1. Arquitetura: uma vitória humana sobre a natureza
9.2. Arquitetura, artesanato artístico e jardinagem: a fronteira entre a arte e o pseudoestético
9.3. Arquitetura e decadência ideológica burguesa: um resumo
CAPÍTULO X CINEMA EM LUKÁCS: A ATMOSFERA PSÍQUICA EM MOVIMENTO
- Introdução
10.1. Duplicação mimética em movimento: autenticidade e objetividade indeterminada na atmosfera anímica cinematográfica
10.1.1. Relação com o desenvolvimento da técnica
10.1.2. Autenticidade cinematográfica
10.1.3. Tendência a minimizar a objetividade indeterminada: labilidade e elasticidade
10.1.4. Atmosfera psíquica
10.1.5. Meio homogêneo fílmico: “linguagem” cinematográfica
10.2. Notas finais acerca da imagem em movimento
REFERÊNCIAS
Tamanho do livro: 14,8x21 cm
300 páginas
Ano de lançamento: 2021