O interesse dos autores desta obra pelos ritmos ou pela produção teórica e política de Henri Lefebvre remonta a tempos distintos, refletindo trajetórias singulares. Ao mesmo tempo, a diversidade das reflexões — oriundas de diferentes campos do conhecimento, de percursos próprios de cada um e dos variados contextos em que vivem e atuam como cidadãs/cidadãos, acadêmicas/acadêmicos — é expressão concreta da possibilidade de construção de uma unidade em torno de um objetivo comum: a utopia da unidade na diversidade e nas diferenças, em oposição às injustiças, à exploração e à discriminação que se aprofundam em escala global. As reflexões que deram origem ao livro A ritmanálise de Henri Lefebvre e as revoltas do cotidiano começaram num almoço na cantina da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH-USP), onde dois dos autores com interesse comum em leituras sobre o tempo a partir de uma abordagem dialética, convidaram outros/as para um ciclo de leituras da obra póstuma de Lefebvre, Elementos de ritmanálise. Os seminários sobre essa obra aconteceram ao longo de 2023, em 2024 ampliou-se com apresentações de reflexões que culminou nos capítulos aqui publicados. ORGANIZADORES
---
Sumário
APRESENTAÇÃO 1 por Mauricio Ceroni Acosta
APRESENTAÇÃO 2 por Marcos Bernardino
INTRODUÇÃO por Carlos e Menna-Barreto
CAPÍTULO I: A dimensão temporal como reveladora de jogos de poder nas relações humanas, na família, na escola, na fábrica e no escritório, tal como propõe Lefebvre na obra Elementos de Ritmanálise
Luiz Menna-Barreto
CAPÍTULO II: Cinema e temporalidade (tempo no cinema ou tempo do cinema): uma perspectiva lefebvriana
Nelson Marques
CAPÍTULO III: Ritmanálise e a crítica da aceleração: pensar os ritmos com a Educação Ambiental
Raizza da Costa Lopes e Samuel Lopes Pinheiro
CAPÍTULO IV: No tempo e espaço das catástrofes: reflexão aos fundamentos da Educação Ambiental e os ritmos
Carlos R. S. Machado
CAPÍTULO V: Ritmanálise de Lefebvre e noção de afeto: caminhos de apropriação a partir da Geografia anglo-saxônica
Michel Moreaux
CAPÍTULO VI: Sob o signo da ritmanálise de Henri Lefebvre
Ana Fani Alessandri Carlos
CAPÍTULO VII: A Análise dos Ritmos na Vida Cotidiana: uma Perspectiva Lefebvriana
William Héctor Gómez Soto
AUTORES
---
Grupo Ritmanálise da Rede Internacional de Estudos da Produção do Espaço (RIEPE)
Ana Fani Alessandri Carlos (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (FFCL-USP), São Paulo, SP, Brasil)
Carlos Roberto da Silva Machado (Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Rio Grande, RS, Brasil)
Luiz Menna-Barreto (Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP (EACH-USP), São Paulo, SP, Brasil)
Michel Moreaux (Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, Brasil - Grupo de pesquisa do Conselho Nacional Científico e Tecnológico (CNPq): “Produção do espaço urbano: práticas espaciais, cotidiano e ritmanálise”)
Nelson Marques (Faculdade de Medicina da USP (FM-USP), São Paulo, SP, Brasil - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, RN, Brasil)
Raizza da Costa Lopes (Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Rio Grande, RS, Brasil)
Samuel Pinheiro (Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Rio Grande, RS, Brasil)
William Héctor Gómez Soto (Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, RS, Brasil)
---
Ano de lançamento: 2025
Edição bilingue: Português e Espanhol
114 páginas
Tamanho: 16x23 cm
ISBN: 9786552790316