Um mito envolve o Estado de Bem-Estar: ele teria sido a superação do Estado "conhecido por Marx", o comitê executivo da classe dominante, por um Estado Ampliado, representante de todas as classes sociais. É esse mito que Capital e Estado de Bem-Estar - o caráter de classe das políticas públicas se propõe a examinar. Analisa as políticas públicas voltadas à habitação, educação, emprego, processos de trabalho, segurança, integração dos sindicatos ao Estado, etc. nos principais países que conheceram o Estado de Bem-Estar. Associa os dados obtidos com uma investigação das origens históricas do Estado de Bem-Estar e com a ampliação dos direitos dos trabalhadores, principalmente na Inglaterra e na França. Com base em copiosa bibliografia, investiga o caráter de classe das políticas públicas e do Estado de Bem-Estar. A conclusão: o Estado Ampliado, em contraposição a um Estado Restrito, não passa de um mito - tal como é um mito o Estado de Bem-Estar ser tanto representante dos trabalhadores quanto da burguesia. Capital e Estado de Bem-Estar - o caráter de classe das políticas públicas também trava um debate com os principais teóricos que trataram da questão, como Esping-Andersen e Ferran Coll, e pontua o impacto que o mito do Estado de Bem-Estar ainda traz para as ciências sociais e, em especial, para os assistentes sociais.
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Coletivo Veredas - Instituto Lukács
Ano de lançamento: 2013
246 páginas
Tamanho: 14,8x21cm
ISBN: 9788565999120