
Este livro trata de uma das questões fundamentais para o exercício da democracia liberal. Elucida o processo educativo que se engendra na construção do controle social, enquanto instrumento de alargamento de canais de participação na esfera da sociedade.
Objetiva então desvelar, nas relações entre sociedade e Estado, a mediação possível historicamente construída para o controle social exercido no âmbito do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), política social com vistas à reprodução da classe trabalhadora brasileira. A análise desenvolvida demonstra que, o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), ainda que delibere em formato tripartite e paritário sobre a agenda das relações contraditoriamente construídas entre capital e trabalho, também guarda uma concepção dessa relação de caráter conservador.
Tal situação coloca o processo educativo engendrado no Codefat sob a hegemonia tanto do capital quanto do Estado educador, o que mantém o trabalho em condição de subordinação, cuja maior expressão é a manutenção da alienação do trabalhador.