[Pré-venda] A SOCIALIZAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO: Instrução popular e qualificação profissional no Estado de São Paulo (1873-1934)

Carmen Sylvia Vidigal Moraes

Preço normal R$ 98,60

[o livro chega na editora em 05/09]

(...) O Brasil, a partir justamente da década de 1930, entrou na forma específica de operar as relações sociais capitalistas. Mas, a classe dominante brasileira não seguiu os ditames das revoluções burguesas clássicas as quais buscaram constituir nações autônomas e soberanas e que, para tanto, não bastava uma educação adestradora e disciplinadora da classe operária. Implicava preparar os trabalhadores para o trabalho complexo e, contraditoriamente, dando-lhes elementos para sua auto-organização. 
 Nossa classe dominante optou por se inserir na ordem mundial do capitalismo de forma subordinada aos grandes centros do capital.  Estruturou, deste modo, nos termos de Florestan Fernandes, uma sociedade de capitalismo dependente e de modernização conservadora mantida, no plano político, pelo autoritarismo. A modernização conservadora expressa um capitalismo que se modifica, mas mediante um desenvolvimento desigual e combinado. Uma concentração absurda de propriedade e riqueza que se nutre da pobreza e miséria da maioria; nichos de alta tecnologia que exigem formação para o trabalho complexo combinados com formas precárias de produção condenando a maior parte dos trabalhadores a uma formação adestradora e restrita para ao trabalho simples e um amplo campo de informalidade e precarização. (...) Gaudêncio Frigotto


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Sumário

Notas | 2ª edição
Prefácio | 2ª edição. | Lincoln Secco
Prefácio | 1ª edição

Introdução

Capítulo 1 | Nos Tempos do Império
A educação escolar numa sociedade em transição
O Governo Imperial e a importância da “educação dos pobres”
O Instituto de Educandos Artífices
O Seminário da Glória
Os “particulares”
As Colônias Orfanológicas: “O trabalho moralizado de mãos dadas com a instrução”
A Sociedade Protetora da Infância desvalida:O Instituto Anna Rosa
O Liceu dos Salesianos
As escolas noturnas da Maçonaria
A Sociedade Propagadora da Instrução Popular (1873) e o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (1883)
O Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo

Capítulo 2 | A República e a Educação dos Trabalhadores Organizada Pelos Particulares
O Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo e o Movimento pela Renovação Educacional
O Liceu de Artes e Ofícios em sua Terceira Fase: a Reorganização da Escola por Ramos de Azevedo
O Perfil da Sociedade Mantenedora do Liceu de Artes e Ofícios
As associações de classe
Posicionamento político: o PRP e as dissidências
A Atuação Pedagógica da Liga Nacionalista: os “Liberais Reformadores” e os
“Educadores Renovadores”
A Sistematização da Política Educacional dos “Liberais Reformadores”: O Inquérito de 1926
As Outras Iniciativas

Capítulo 3 | A República e a Organização Oficial do Ensino
A Difusão da “Instrução Popular”
O Ensino para o Trabalhador Rural: A Escola Isolada e o Ensino Agrícola Ambulante
O Instituto Disciplinar
O Seminário das Educandas
A Organização do Ensino Profissional
A Política Educacional do Estado Republicano

Capítulo 4 | A Qualificação Profissional do Trabalhador Assalariado Urbano
A Iniciativa Privada e a Qualificação Profissional: O Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo
Qualificação Profissional e Sujeição Moral do Trabalhador: A “Fábrica-Escola”
Os cursos
As oficinas
O Método de Ensino
Normas Disciplinares
A Nova Proposta de Qualificação: A Escola de Mecânica do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo
Estado e Qualificação Profissional
A Dinâmica do Mercado de Trabalho e as Escolas Profissionais Oficiais
Organização dos Cursos Profissionais
Qualificação-Sujeição do Trabalhador: Métodos de Ensino e Normas Disciplinares
O Liceu de Artes e Ofícios e as Escolas Profissionais Oficiais: Propostas Diferenciadas de Socialização da Força de Trabalho?

Referências Bibliográficas
Anexos

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Ano de lançamento: 2025
566 páginas
Tamanho: 16x23 cm
ISBN: 9786585404303