Barricadas em tempos de desastre: autonomia e educação comunitária em Oaxaca

João Branco

Preço normal R$ 50,00

O autor faz uma análise primorosa das condições sob as quais vivem no México os povos originários da região de Oaxaca em sua luta por uma vida autônoma e digna, a começar pelo direito de organizar seu próprio sistema educacional.
Dessa luta emergem práticas e conceitos que nos remetem aos tempos ancestrais onde a solidariedade, a igualdade e o coletivismo eram – e são – elementos estruturais de uma sociedade agredida, mas ainda não eliminada, pelos incessantes ataques do colonialismo que se iniciou no século XVI e permanece ativo, em formas sempre renovadas até os dias atuais.
Ao mesmo tempo, faz um estudo das vias pelas quais se dá a “vertebração empresarial da sociedade”, conforme descreve o sociólogo Mauro Jarquín; ou seja, como as formas de organização do trabalho, da vida social e educacional são pautadas pelos critérios de produtividade e rentabilidade do capital. Aliadas ao etnocídio e ao genocídio, estas mudanças educacionais também são combatidas pelas lutas populares em Oaxaca, analisadas neste livro e que envolvem múltiplas esferas da realidade social. - Lúcia Bruno - USP

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Sumário

Apresentação | Lúcia Bruno

CAPÍTULO INTRODUTÓRIO

“Me ensina a fazer barricadas”    

Colônia  

“Deixaremos de ser ativistas quando vocês deixarem de ser uns m...”       

CAPÍTULO O 1 – MATAR

Colonialismo nosso de cada dia  

“Ocidente, onde morre o Sol”      

Vertebração empresarial da sociedade e a linguagem neoliberal da Educação       

Atualidade da acusação à sociedade industrial    

O fim de mundo capitalista é somente uma possibilidade capitalista        

CAPÍTULO  2 – VIVER

“Basta de dizerem o que temos que fazer”

Ingovernáveis: livres da obsessão de pensar como Estado

Educação como aparelho de ocupação    

“Más allá de la educación”          

Cosmovisão Mesoamericana, Poder Político e Apoio Mútuo

A vida comunitária é cheia de repulsa ao Estado

Comunalidad e Educação Comunitária em Oaxaca          

A Comunalidad não é uma teoria pós-moderna, nem moda. É política.    

As Festas: O caráter político comunal é reforçado

Onde o governo não tem vez       

Educação própria           

A Educação Comunitária redefine a relação com o Estado 106

Nidos de Lengua 

Secundárias Comunitárias Indígenas (SECOIN)   

A valorização do trabalho comunitário como componente de aprendizagem          

O PTEO, enfrentamento aberto ao Estado

Em meio à guerra de extermínio: educação intercultural em uma sociedade desigual       

Nochixtlán, assassinatos em nome da Reforma Educativa

Em nome do lucro: a militarização e a violência são os componentes novos da atual Reforma       

Considerações Finais

Reforma Empresarial Educativa na era do Capitalismo de Vigilância        

Referências Bibliográficas

Sobre o autor

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Ano de lançamento: 2021
Tamanho: 16x23cm
255 páginas
ISBN: 978-65-86620-55-9