
Prefácio
José Luis Sanfelice
Apresentação
A lógica do capital em tempos de crise e sua expressão educacional: a barbárie em ação
Celso Carvalho
Entre o público e o privado: o trabalho docente na educação pública frente à presença do empresariado
Amanda Moreira Silva
Do método e do referencial teórico na pesquisa educacional engajada e comprometida com as transformações sociais
Carlos Bauer
Trinta anos do Consenso de Washington: efeitos sobre a educação superior no Brasil
Lívia Silva Damasceno
Savana Diniz Gomes Melo
A educação escolar sob a ocupação nazista na França: aproximações
Carlos Roberto Jamil Cury
A escola sem partido no contexto da devastação da educação pública brasileira
Antonio Joaquim Severino
Educação, trabalho e proletarização:
o papel da educação nas relações socioeconômicas da sociedade capitalista
Cássio Diniz
Educação já! A premência do capital educador
Eneida Oto Shiroma
Olinda Evangelista
O avanço do conservadorismo no Brasil e alguns de seus impactos na rede federal de educação
Aline Cristine Ferreira Braga do Carmo
O eixo desta coletânea é o diagnóstico dos vírus que atacam a educação no Brasil e, desde antes de tudo, visando a destruir e desmontar a escola estatal (chamada de pública, mas que chamarei de estatal) gratuita, laica, universal, de qualidade e responsabilidade efetivamente social. Os vírus são de muitos tipos e se utilizam de variadíssimas estratégias para atingirem os seus objetivos de desmonte e privatização das instituições escolares estatais.
Eles atacam por todos os lados, ocupam os espaços de decisão das políticas educacionais, tomam conta da gestão, formulam currículos, censuram livros didáticos, fazem parcerias, terceirizam atividades- meio da instituição e o Estado, pseudamente neutro, se encarrega de ir retirando o sangue vital da educação estatal cortando, congelando e contingenciando as verbas que deveriam alimentá-la.
Pode-se ver, no computo geral dos artigos desta coletânea como a ascensão das forças neoconservadoras (liberais e de extrema direita) estão projetando a educação que lhes convém face às transformações estruturais do modo de produção capitalista; como que elas se constituem, de forma autoritária e repressora, em portadoras políticas do capital; quem gesta e alimenta a pauta das suas ações no campo da educação; quais são os organismos internacionais e as suas instituições locais parceiras que as inspiram e como desejam moldar até a subjetividade dos docentes, categoria profissional em acentuada precarização, para configurá-los receptivos e dóceis aos propósitos da educação mercadoria e para o mercado. Os ataques à escola estatal, em especial às universidades, são visualizados sob vários enfoques que evidenciam o firme propósito da privatização. José Luis Sanfelice (UNICAMP)
Tamanho: 14,8x21cm
280 páginas
Ano de lançamento: 2021